sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Consumo de corantes e déficit de atenção?

 
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ainda não tem causa conhecida. No entanto, estudos sugerem que o aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em aditivos alimentares, alteram o comportamento infantil. Entres os aditivos mais utilizados destacam-se os corantes: tartrazina, amaranto, vermelho ponceau, eritrosina e caramelo amoniacal, utilizados para realçar a coloração dos alimentos.

A Associação Americana de Psiquiatria define o TDAH como um transtorno neuropsiquiátrico em que há padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade, não adequado ao nível de desenvolvimento quando comparado a crianças de mesma idade.

Os sintomas variam desde falta de atenção em atividades lúdicas até dificuldade para brincar e ficar em silêncio durante atividades de lazer.

Para o diagnóstico clínico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses. Geralmente, surge antes dos sete anos de idade, sendo mais prevalente em meninos. Estima-se que cerca de 70% das crianças hiperativas continuam com os sintomas na adolescência e 65% dos adolescentes conservam o problema até a vida adulta.

As causas do distúrbio ainda não são conhecidas, porém estudos avaliando uma dieta de exclusão em crianças hiperativas demonstraram melhora no comportamento destas, podendo relacionar o aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em aditivos alimentares, com alteração no comportamento infantil.

Entres os aditivos utilizados em larga escala, pode-se assinalar o papel dos corantes, utilizados para realçar a coloração dos alimentos, responsáveis por reações alérgicas, asma, urticária e até casos de câncer observados a longo prazo.

A avaliação do consumo de corantes alimentares e aditivos de uma forma geral é feita pelo controle da Ingestão Diária Aceitável (IDA). Nesse sentido, estudos avaliando o consumo alimentar de crianças verificaram que a introdução de alimentos industrializados ocorre de maneira precoce, assim, crianças de 4 a 12 meses já recebiam alimentos como queijo tipo petit-suisse, refrigerantes e pirulitos.

Além disso, outros estudos avaliaram a quantidade de corantes em alimentos e constataram que alguns produtos apresentam valores superiores de corantes do que o permitido na legislação brasileira. Desse modo, avaliou-se que a IDA de crianças é facilmente excedida com o consumo de um ou mais produtos industrializados ao dia, sendo este o público mais atingido pelos efeitos adversos deste aditivo, pois, além de imaturidade fisiológica, que pode prejudicar a excreção desses compostos, também apresenta dificuldade na capacidade de controlar a ingestão dos alimentos com aditivos.

A utilização de corantes naturais (que também podem trazer propriedades funcionais), vem sendo explorada como opção para combater esse problema. No entanto, essa introdução ainda é considerada um desafio, pois são menos estáveis e não atendem todas as colorações disponíveis.

Onde encontramos este corantes artificiais?
O amarelo sólido, até então muito empregado em gelatinas; o laranja GGN, usado em pós para sorvetes; o vermelho sólido, para recheios e revestimentos de biscoitos; o azul de alizarina, corante em óleos emulsionados e gelatinas; e o escarlate GN, com uso em recheios de confeitarias.


Existem alguns destes corantes artificiais, que ainda são permitidos, porém o fato deles serem permitidos, não anula seus efeitos adversos, que embora não sejam divulgados na embalagem estão disponíveis em artigos científicos.
Site: http://www.nutritotal.com.br/

Bibliografia (s)


Associação Americana de Psiquiatria. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Disponível em: http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/viewFile/659/406. Acessado em: 10/12/2015

Associação Brasileira do Déficit De Atenção. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: uma conversa com educadores. Disponível em:
http://www.tdah.org.br/images/stories/site/pdf/tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf. Acessado em: 10/12/2015

Boris M, Mandel FS. Foods and additives are commom causes of attention déficit hyperactivity disorder in children. Ann Allergy. 1994;72(5):462-468.

Rohde LA, Halpern R. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria. 2004;80(2):61-10.



domingo, 22 de novembro de 2015

Brasil = Consumo excessivo de carne


O maior rebanho bovino do mundo pertence ao Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) sugerem um número total de 170 a 207 milhões de cabeças de gado – quase ou mais que um boi por habitante. O Brasil é um caso muito importante de impacto ambiental da produção de gado de corte. O relatório de 2006 “A Longa Sombra do Gado de Corte”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cita o Brasil muitas vezes e chama a atenção para as peculiaridades do país.

Enquanto em países desenvolvidos a maior parte dos gases de efeito estufa (GEE) vem do setor energético, a mais recente estimativa divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com base em dados de 1994, revela que 55% a 60% das emissões brasileiras resultam do desflorestamento, geralmente para abertura de novas pastagens.

De fato o  o brasileiro come muita carne, muitas pessoas  não sabem cozinhar sem carne e consomem diariamente carne no almoço e no jantar. Tudo em excesso faz mal o consumo excessivo de carne vermelha não é uma exceção. Além de problemas cardiovasculares, já foi comprovado que o consumo excessivo de carne vermelha também aumenta a probabilidade da ocorrência de alguns tipos de câncer e seu consumo também está ligado com doenças como a diabetes, hipercolesterolemia, artrite e hipertensão. Vamos pensar em diminiur esse consumo exagerado de carne principalmente vermelha??

Segue alguns alimentos que sao otimos substitutos da carne e ideais para vegans, pois nao possuem aditivo animal:

Tofu: também conhecido por queijo de soja. O tofu é fácil de preparar e dá para um sem número de receitas. O tofu também serve para substituir os ovos na preparação de bolos, doces,…

Proteína de Soja: ou soja texturizada, sua textura lembra a da carne moida e quando bem temperada è otima para substituir este tipo de carne.

 Tempeh: é um alimento com origem na indonésia, fermentado a partir das sementes de soja e uma textura densa e ligeiramente carnuda. Constitui um alimento forte, com um sabor mais intenso que outros derivados da soja.

Seitan: feito a partir da farinha de trigo integral ou de glúten de trigo, é um óptimo substituto da carne, não só o conteúdo proteico como também para a preparação culinária. Pode grelhar-se, panar-se, usar em estufados, em espetadas ou assar no forno.

Grãos: são os alimentos que estão na base da nossa alimentação. Fornecem hidratos de carbono, fibras e vitamina B. Os principais são: soja, trigo, milho, aveia, centeio, cevada, farinha de trigo integral, farinha de milho, aveia, cevada, quinoa,…

Frutas e Vegetais: devem estar sempre presentes. Um prato colorido é sempre mais saúdavel. Dê preferencia aos alimentos frescos.

 Bebidas: bebida de soja, bebida de arroz, bebida de canhâmo, bebida de aveia, são “leites” vegetais com alto teor nutritivo, baixo em calorias e sem colestrol.

Legumes: Feijao, lentilha, ervilha...esses conhecemos bem na cozinha brasileira!


RECEITA: Almôndega de soja        PDF Imprimir E-mail

Ingredientes
Massa:
- 2 e 1/2 xícaras (chá) de resíduo de soja
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 2 colheres (sopa) de cheiro verde picado
- 1 colher (sopa) de cebola picada
- sal (a gosto)
- óleo de soja (fritura das almôndegas)

Molho:
- 1 xícara (chá) de tomates picados sem sementes
- 2 colheres (sopa) de extrato de tomates
- 2 colheres (sopa) de cebola picada
- 2 colheres (sopa) de cheiro verde picado
- 3 colheres (sopa) de óleo de soja
- 3 xícaras (chá) de água
- sal, alho e pimenta (a gosto)

Modo de preparo

Massa:
-Em um recipiente pequeno (bacia) misturar os ingredientes da massa, formar os bolinhos e, fritar em óleo quente.
- Após a fritura, deixar as almôndegas sobre folha de papel absorvente.

Molho:
- Refogar em óleo quente o alho, a cebola e o tomate, mexendo sempre.
- Acrescentar o extrato de tomate, o sal e a água.
- Tampar a panela, abaixando o fogo após a fervura.
- Cozinhar por cinco minutos.
- Desligar o fogo e adicionar o cheiro verde.
- Arrumar as almôndegas em uma travessa e cobri-las com o molho.
- Servir em seguida.

BOM APETITE!


 

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dieta Mediterrânea e mulheres

ESTUDO: Dieta mediterrânea diminui o risco de câncer de mama invasivo

Um estudo publicado no The Journal of the American Medical Association demonstrou que a dieta mediterrânea (DM) com óleo de oliva extra virgem foi benéfica na prevenção primária do câncer de mama invasivo.
 
Com o objetivo de avaliar o efeito da DM no câncer de mama, Toledo e colaboradores conduziram um estudo multicêntrico com 4.282 mulheres com idade entre 60 e 80 anos. As participantes foram aleatoriamente distribuídas em 3 grupos: as que receberam dieta mediterranea(DM) rica em óleo de oliva extra virgem (1 litro/semana) (grupo 1); DM suplementada com 30g de nozes mistas (grupo 2) ou dieta controle com pouca gordura (grupo 3).

Os resultados demonstraram que o consumo de DM rica em óleo de oliva reduziu em 62% o risco de câncer de mama invasivo quando comparado ao grupo que recebeu dieta controle.

 
Os autores afirmam que o potencial efeito benéfico da DM pode ser explicado por diversos mecanismos, e um deles é que a DM promove uma redução no dano oxidativo do DNA.
 
“A DM com óleo de oliva extra virgem foi benéfica na prevenção primária do câncer de mama invasivo, porém são necessários mais estudos com maior tempo de acompanhamento clínico para a confirmação desses achados”, concluem os autores.

Referência(s)

Toledo E, Salas-Salvadó J, Donat-Vargas C, Buil-Cosiales P, Estruch R, Ros E, Corella D, et al. Mediterranean Diet and Invasive Breast Cancer Risk Among Women at High Cardiovascular Risk in the PREDIMED Trial: A Randomized Clinical Trial. JAMA Intern Med. 2015.
 
Como funciona a Dieta do Mediterraneo?
           
Dieta é baseada na alimentação dos países que formam a região do mediterrâneo como Itália, Espanha, Grécia, Egito, Líbia, Marrocos, Turquia e Líbano, países banhados pelo mar Mediterrâneo. Embora esses países sejam diferentes em relação à cultura, religião e política, compartilham muitas semelhanças, como o clima, temperatura e solo que influenciam na agricultura e, consequentemente, nos costumes alimentares da população dessa região. O cardápio mediterrâneo se caracteriza pela riqueza do consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes), cereais, leguminosas (grão-de-bico, lentilha), oleaginosas (amêndoas, azeitonas, nozes), peixes, leite e derivados (iogurte, queijos), vinho, azeite de oliva e uma enorme variedade de ervas de cheiro, que dão cor e sabor especiais a esta culinária. Além disso, é caracterizado por um baixo consumo de carnes vermelhas, gorduras de origem animal, produtos industrializados e doces, alimentos ricos em gordura e açúcar.
Para seguir a dieta é simples, recomenda-se adotar os mesmos hábitos alimentares dessa população. Incluindo em suas refeições os seguintes alimentos:

 
Frutas e hortaliças:Esses alimentos possuemgrande quantidade de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes que iram ajudar a prevenir o câncer.
Cereais:Fontes de carboidratos fornecem energia para o nosso organismo. Os cereais integrais, além de fornecer energia, também são fontes de fibras, nutrientes, minerais (zinco, fósforo, magnésio), vitaminas e energia.
Leguminosas:São fundamentais para uma alimentação saudável, possuem fibras e proteínas vegetais, por isso, o consumo regular combate a constipação, evitando o câncer de intestino e diminuem o nível do colesterol ruim (LDL) prevenindo o aparecimento das doenças cardiovasculares.
Oleaginosas: Fornecem as gorduras boas (mono e polinsaturadas), que ajudam a reduzir o colesterol. Possuem Vitamina E e Selênio, que apresentam importante ação antioxidante.
Peixes:Ricos em ácidos graxos ômega – 3, proporcionados à nossa saúde diversos benefícios, como: diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, redução da pressão arterial, ação anti-inflamatória, diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue.
Leite e derivados:São fontes de cálcio que contribui para a prevenção da osteoporose.
Vinho tinto:Possui em sua composição uma alta quantidade de flavonóides (antioxidantes), o vinho tinto evita a formação de placas de gorduras na parte interna dos vasos sanguíneos, assim, diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Azeite de oliva: É rico em ácido graxo monoinsaturado, que auxilia no aumento do colesterol "bom" (HDL), favorecendo nosso coração.

domingo, 4 de outubro de 2015


Deficiência de vitamina B12 em crianças está associada ao desempenho escolar
 

Um estudo publicado no The Journal of Nutrition, demonstrou que a deficiência de vitamina B12 em crianças está associada à repetição de série e absenteísmo escolar, independente dos níveis de ferro, folato, zinco e vitamina A.

Micronutrientes são essenciais para o desenvolvimento neurocognitivo e seu papel em resultados educacionais está claro. Diante desse cenário, Duong e colaboradores recrutaram 3.156 crianças com idade entre 5 e 12 anos a partir de escolas públicas de Bogotá, na Colômbia. No início do ano escolar, foram coletadas amostras de sangue para análises de ferritina circulante, hemoglobina, zinco, vitaminas A e B12, eritrócitos e volume corpuscular médio (VCM). A taxa de absenteísmo foi registrada semanalmente durante o ano escolar, e a repetência foi determinada no ano seguinte.

De acordo com os resultados, o risco de repetência foi de 4,9% e a taxa de absenteísmo foi de 3,8 dias por criança durante o ano de observação. A deficiência de vitamina B12 (<148 pmol/L) foi associada a um risco 2,36 vezes maior de repetência em comparação com as concentrações plasmáticas 148 pmol/L (95% CI: 1.03, 5.41; P = 0.04). Os outros micronutrientes não foram relacionados com a repetência.

A deficiência de vitamina B12 também foi associada às taxas de absenteísmo escolar. As crianças com deficiência de vitamina B12 apresentaram uma taxa 1,89 vezes maior de absenteísmo em comparação com crianças que tinham níveis plasmáticos de vitamina B12 148 pmol/L (IC 95%: 1,53, 2,34; p <0,0001).

"A deficiência de vitamina B12 foi associada com maiores taxas de repetência e evasão escolar de crianças em idade escolar em Bogotá, Colômbia", concluem os autores. "Os efeitos da correção da deficiência dessa vitamina sobre os resultados educacionais e o desenvolvimento neurocognitivo das crianças nessa faixa etária, têm de ser determinados em estudos de intervenção", afirmam.

Referência

Duong MC, Mora-Plazas M, Marín C, Villamor E. Vitamin B-12 Deficiency in Children Is Associated with Grade Repetition and School Absenteeism, Independent of Folate, Iron, Zinc, or Vitamin A Status Biomarkers. J Nutr. 2015; 145(7):1541-8.

ALIMENTOS FONTE DE B12



Os alimentos ricos em vitamina B12 são especialmente de origem animal, como peixes, carnes, ovos, queijo e leite. Alguns alimentos de origem vegetal contêm vitamina B12, como o levedo de cerveja e as algas marinhas, tambem podemos encontrar alimentos enriquecidos com esta vitamina, como o caso do leite de soja, alguns achocolatados e cereais. 



Principal função: Manter as células vermelhas do sangue saudáveis, atuando na prevenção e no combate da anemia.

Receita
 
Escabeche de atum


Ingredientes
3 postas pequena de atum (cru)
2 cebolas pequenas (crua)
2 dentes de alho pequenos
1 colher de sopa de azeite de oliva (extra virgem)
3 colheres de sopa de vinagre de maçã
2 colheres de sopa de salsinha (crua)
1/2 colher de chá de sal refinado

Modo de Preparo
Descasque as cebolas e o alho e corte em tiras médias.Tempere as postas de atum, as cebolas e o alho com sal, orégano e 2 c. sopa de vinagre de maçã. Cozinhe tudo a vapor até ficarem macios. Lasquei as postas de atum, arrume as cebolas e o alho por cima, acrescente o azeite de oliva e a salsinha. Sirva quente ou frio.

Rendimento: 3 porções
Valor calórico por poção: 203,70 Kcal
Peso médio/Porção: 195 gr.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Hábitos alimentares estão associados à prevalência de asma


Pesquisadores portugueses investigaram a associação entre hábitos alimentares e prevalência de asma e observaram que o consumo de peixes, legumes e frutas, alimentos baseados na dieta do Mediterrâneo, tem associação positiva com a proteção da doença.

Participaram do estudo 32.644 indivíduos com idade superior a 20 anos, que relataram os sintomas de asma de acordo com a seguinte classificação: atual (definida por sintomas de asma no ano anterior), persistente (definida pelo uso de medicação para a asma no ano anterior) e grave (definida pela visita de emergência devido à ocorrência de asma no ano anterior). Do total de participantes, 14% relataram a prática de atividades físicas.

A análise do padrão alimentar foi realizada através de um questionário específico, que foi dividido em 4 grupos: laticínios e frutas; sopas e alimentos ricos em carboidratos; alto teor de gordura, açúcar e sal; peixes, frutas e legumes.

A análise de regressão logística não condicional encontrou uma associação positiva entre o padrão alimentar com alto teor de gordura, sal e açúcares e prevalência de asma (OR = 1,13 – IC 95%) e incidência de asma grave (OR = 1,23 – IC 95%), e uma associação negativa entre o padrão alimentar com peixes, frutas e legumes e a asma atual e persistente (OR = 0,84 – IC 95%).

Os autores concluíram que o consumo de alimentos baseados na dieta do mediterrâneo (peixes, frutas e legumes) pode ser protetor contra a asma. “De um modo geral, essa associação ocorre devido a interações desses alimentos, que são ricos em ácidos graxos ômega-3, vitaminas e minerais com ação antioxidante e anti-inflamatória. Todos esses nutrientes ativam mecanismos imunomoduladores que diminuem os sintomas e a prevalência de crises de asma”, afirmam os autores.


Referência Barros R, Moreira A, Padrão P, Teixeira VH, Carvalho P, Delgado L, et al. Dietary patterns and asthma prevalence, incidence and control. Clin Exp Allergy. 2015 [Epub ahead of print]

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Ai esse Gluten!

Alimentos sem glúten não são mais 
saudáveis que alimentos com glúten


Um estudo publicado na revista British Journal of Nutrition concluiu que é improvável que o consumo de produtos sem glúten confira benefícios à saúde, a menos que haja clara evidência doença celíaca, intolerância ou alergia ao glúten.

Conduzido por Wu e colaboradores, o estudo avaliou a qualidade nutricional de alimentos com e sem glúten em grupos de alimentos básicos e em uma vasta gama de produtos considerados supérfluos em supermercados da Austrália. Informações nutricionais dos rótulos foram sistematicamente obtidas de todos os alimentos embalados em quatro grandes supermercados em Sidney, Austrália, em 2013. Os produtos alimentares foram classificados como livre de glúten (GF) se uma declaração aparecia em qualquer parte da embalagem do produto; ou em alimento com glúten se eles continham glúten, trigo, centeio, triticale, cevada, aveia ou trigo vermelho. 

O desfecho primário foi o 'Health Star Rating' (HSR: escore mais baixo 0,5 estrelas; escore ótimo 5 estrelas), um esquema de perfil de nutrientes aprovado pelo governo Australiano. Diferenças no conteúdo de nutrientes individuais foram exploradas em análises secundárias. 

Um total de 3213 produtos entre 10 categorias de alimentos foi incluído. Em média, a massa seca simples de produtos GF pontuou aproximadamente 0,5 menos estrelas (p<0,001) comparada com produtos que continham glúten. Entretanto, não houve diferenças significativas no HSR médio para pães ou cereais matinais prontos para o consumo (p 0,42 para ambos). 

Em comparação aos produtos que continham glúten, os produtos GF tiveram médias consistentemente mais baixas de proteína entre todos os três grupos de produtos alimentares, em particular para massa e pães (52 e 32% menos, p<0,001 para ambos).

Uma proporção substancial de alimentos da categoria de “supérfluos” tinha rótulos GF (ex: 87% das carnes processadas) e o HSR médio de alimentos supérfluos GF não foi superior àqueles dos produtos que continham glúten.

“Há a probabilidade de que a rotulagem de GF vem sendo utilizada para inferir um conceito injustificado de saúde para itens discricionários. Dados os efeitos adversos para a saúde causados por dietas deficientes na Austrália e em outras partes do mundo, iniciativas políticas devem visar o aumento do consumo de alimentos básicos tais como grãos integrais, frutas e legumes e a redução no consumo de alimentos discricionários (GF ou de outra forma) como uma prioridade de saúde pública”, afirmam os autores.
 
Referência(s)

Wu JH, Neal B, Trevena H, Crino M, Stuart-Smith W, Faulkner-Hogg K, et al. Are gluten-free foods healthier than non-gluten-free foods? An evaluation of supermarket products in Australia. Br J Nutr. 2015 [Epub ahead of print]


Site: Nutritotal (http://www.nutritotal.com.br)  

segunda-feira, 18 de maio de 2015

VITAMINA B12 para que te quero?


A deficiência de vitamina B12 é causa de anemia acompanhada ou não por dificuldade para andar e parestesias ou formigamentos, principalmente nas pernas, pés e mãos. Podendo haver ainda palidez, inchaço, hiperpigmentação da pele, icterícia e fraqueza muscular, inflamações na língua, má absorção de nutrientes, infertilidade e tromboses.
A v. B12 é essencial para a formação, integridade e maturação das hemácias. Em sua ausência, elas aumentam de volume e o tamanho do núcleo fica desproporcional ao do citoplasma.
É uma vitamina necessária para o desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervosa, sem ela, a mielina que recobre os nervos (como a capa de proteção faz com os fios elétricos) sofre um desgaste que recebe o nome de desmielinização, processo que ocorre tanto em neurônios de nervos periféricos, quanto naqueles da substância branca do cérebro.
A principal fonte de B12 está nos alimentos de origem animal. As únicas fontes veganas fidedignas de vitamina B12 são os alimentos enriquecidos (alguns leites vegetais, alguns produtos de soja e alguns cereais) e podemos encontrar em pequena quantidade no levedo de cerveja e algas marinhas.


Principais fontes desta super vitamina:

Alimentos que contêm vitamina B12
Quantidade de vitamina B12 em 100 g
Energia em 100 g
Bife de fígado cozido
112 mcg
169 calorias
Mariscos no vapor
99 mcg
50 calorias
Ostras cozidas
27 mcg
75 calorias
Fígado de frango cozido
19 mcg
136 calorias
Coração cozido
14 mcg
132 calorias
Arenque cozido
10 mcg
228 calorias
Caranguejo cozido
9 mcg
81 calorias
Salmão cozido
2,8 mcg
271 calorias
Truta grelhada
2,2 mcg
118 calorias


Algumas causas da deficiência desta vitamina:
1) Cirurgias que reduzem as dimensões do estômago, como as gastrectomias totais ou parciais e as cirurgias bariátricas;
2) Doenças inflamatórias do intestino e as que provocam má absorção;
3) Uso crônico de medicamentos para reduzir a concentração de ácido no suco gástrico (omeprazol, ranitidina, etc.);
4) Uso de metformina no diabetes;
5) Dietas vegetarianas ou pobres em alimentos de origem animal.


Veganos!! Atençao com a dieta, na duvida procure orientaçao nutricional!

    American Heart Association Nutrition Committee, Lichtenstein AH, Appel LJ, Brands M, Carnethon M, Daniels S, et al. Diet and lifestyle recommendations revision 2006: a scientific statement from the American Heart Association Nutrition Committee. Circulation 2006;114:82-96.