O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ainda não tem causa conhecida. No entanto, estudos sugerem que o aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em aditivos alimentares, alteram o comportamento infantil. Entres os aditivos mais utilizados destacam-se os corantes: tartrazina, amaranto, vermelho ponceau, eritrosina e caramelo amoniacal, utilizados para realçar a coloração dos alimentos.
A Associação Americana de Psiquiatria define o TDAH como um transtorno neuropsiquiátrico em que há padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade, não adequado ao nível de desenvolvimento quando comparado a crianças de mesma idade.
Os sintomas variam desde falta de atenção em atividades lúdicas até dificuldade para brincar e ficar em silêncio durante atividades de lazer.
Para o diagnóstico clínico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses. Geralmente, surge antes dos sete anos de idade, sendo mais prevalente em meninos. Estima-se que cerca de 70% das crianças hiperativas continuam com os sintomas na adolescência e 65% dos adolescentes conservam o problema até a vida adulta.
As causas do distúrbio ainda não são conhecidas, porém estudos avaliando uma dieta de exclusão em crianças hiperativas demonstraram melhora no comportamento destas, podendo relacionar o aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em aditivos alimentares, com alteração no comportamento infantil.
Entres os aditivos utilizados em larga escala, pode-se assinalar o papel dos corantes, utilizados para realçar a coloração dos alimentos, responsáveis por reações alérgicas, asma, urticária e até casos de câncer observados a longo prazo.
A avaliação do consumo de corantes alimentares e aditivos de uma forma geral é feita pelo controle da Ingestão Diária Aceitável (IDA). Nesse sentido, estudos avaliando o consumo alimentar de crianças verificaram que a introdução de alimentos industrializados ocorre de maneira precoce, assim, crianças de 4 a 12 meses já recebiam alimentos como queijo tipo petit-suisse, refrigerantes e pirulitos.
Além disso, outros estudos avaliaram a quantidade de corantes em alimentos e constataram que alguns produtos apresentam valores superiores de corantes do que o permitido na legislação brasileira. Desse modo, avaliou-se que a IDA de crianças é facilmente excedida com o consumo de um ou mais produtos industrializados ao dia, sendo este o público mais atingido pelos efeitos adversos deste aditivo, pois, além de imaturidade fisiológica, que pode prejudicar a excreção desses compostos, também apresenta dificuldade na capacidade de controlar a ingestão dos alimentos com aditivos.
A utilização de corantes naturais (que também podem trazer propriedades funcionais), vem sendo explorada como opção para combater esse problema. No entanto, essa introdução ainda é considerada um desafio, pois são menos estáveis e não atendem todas as colorações disponíveis.
Onde encontramos este corantes artificiais?
O amarelo sólido, até então muito empregado em gelatinas; o laranja GGN, usado em pós para sorvetes; o vermelho sólido, para recheios e revestimentos de biscoitos; o azul de alizarina, corante em óleos emulsionados e gelatinas; e o escarlate GN, com uso em recheios de confeitarias.
Existem alguns destes corantes artificiais, que ainda são permitidos, porém o fato deles serem permitidos, não anula seus efeitos adversos, que embora não sejam divulgados na embalagem estão disponíveis em artigos científicos.
Site: http://www.nutritotal.com.br/O amarelo sólido, até então muito empregado em gelatinas; o laranja GGN, usado em pós para sorvetes; o vermelho sólido, para recheios e revestimentos de biscoitos; o azul de alizarina, corante em óleos emulsionados e gelatinas; e o escarlate GN, com uso em recheios de confeitarias.
Existem alguns destes corantes artificiais, que ainda são permitidos, porém o fato deles serem permitidos, não anula seus efeitos adversos, que embora não sejam divulgados na embalagem estão disponíveis em artigos científicos.
Bibliografia (s)
Associação Americana de Psiquiatria. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Disponível em: http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/viewFile/659/406. Acessado em: 10/12/2015
Associação Brasileira do Déficit De Atenção. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: uma conversa com educadores. Disponível em: http://www.tdah.org.br/images/stories/site/pdf/tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf. Acessado em: 10/12/2015
Boris M, Mandel FS. Foods and additives are commom causes of attention déficit hyperactivity disorder in children. Ann Allergy. 1994;72(5):462-468.
Rohde LA, Halpern R. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria. 2004;80(2):61-10.
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