terça-feira, 27 de novembro de 2012

Transtornos Alimentares
Os transtornos alimentares mais comuns são a bulimia e a anorexia nervosa. Para se ter uma idéia, há um aumento no número dos distúrbios alimentares na população de uma forma geral. E não é somente entre as mulheres! Em um grupo de 100 mil pessoas, pelo menos 13 sujeitos apresentam Bulimia Nervosa. No mesmo grupo de 100 mil indivíduos, pelo menos 8 mulheres e menos de 0,5 homens apresentam Anorexia Nervosa1.


Entenda melhor estes disturbios alimetares:

Anorexia nervosa
A anorexia é um transtorno alimentar que é caracterizado por uma perda deliberada do peso e principalmente por um pavor enorme de engordar mesmo estando abaixo do peso normal, quem sofre deste distúrbio tem uma imagem distorcida do próprio corpo. Atinge jovens de 15 a 25 anos principalmente, que ao entrarem desta dieta para atingirem o “corpo perfeito”, acabam afetando o seu metabolismo e seu crescimento, pois é nesta faixa que o corpo se desenvolve para entrar na fase adulta.
Sintomas:
1. Medo intenso a ganhar peso, mantendo-o abaixo do valor mínimo normal
2. Pouca ingestão de alimentos ou dietas severas
3. Imagem corporal distorcida (sensação de estar gorda quando se está magra)
4. Grande perda de peso (frequentemente em um período breve de tempo)
5. Sentimento de culpa ou depreciação por ter comido
6. Hiperatividade e exercício físico excessivo
7. Deixar de menstruar
8. Excessiva sensibilidade ao frio
9. Mudanças no caráter (irritabilidade, tristeza, insônia, etc.)
Bulimia

Assim como na anorexia, a bulimia é uma síndrome causada por vários fatores: biológicos, psicológicos, familiares e culturais, porém a doença é o contrario da anorexia, pois os indivíduos ingerem grandes quantidades de alimentos se tornando compulsivos, e depois, utilizam métodos compensatórios, como vômitos induzidos, uso de laxantes e diuréticos e prática de exercícios acentuados como forma de evitar o ganho de peso pelo medo de engordar, mas diferentemente da anorexia, na bulimia não há perda excessiva de peso, assim dificultando a detecção da doença. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens em torno de 17 anos, embora possa ocorrer mais raramente em homens e mulheres com mais idade.
Sintomas
1. Comer compulsivamente em forma de ataques de fome e as escondidas
2. Preocupação constante em torno da comida e do peso
3. Erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes
4. Mudanças no estado emocional, tais como depressão, tristeza, sentimentos de culpa e ódio para si mesma.


O tratamento é direcionado para o estabelecimento de um comportamento alimentar adequado, isto implica na extinção de regimes e dietas restritivas. Um dos instrumentos importantes é a automonitoria que consiste no preenchimento por parte do paciente de sua rotina alimentar diariamente, com isso sua consciência acerca do seu padrão alimentar será ampliada. A meta é o estabelecimento e manutenção de refeições e lanches regulares, inserindo gradativamente “alimentos proibidos” nas refeições. Monitora-se o peso uma vez por semana, aproveitando tal situação para identificar e modificar suas regras, valores, pensamentos em relação ao seu peso e forma corporais. A extinção dos episódios bulímicos será auxiliada pela aprendizagem de comportamentos incompatíveis com a compulsão alimentar, adquirindo novos interesses e engajando em outros comportamentos que gerarão sentimentos positivos em relação a si mesma.

1.      SILVA A. B.B. Mentes insaciáveis: anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.




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