sexta-feira, 24 de junho de 2011



MELATONINA –
 Hormônio Rejuvenescedor


A Melatonina é um neuro-hormônio, conhecido como o hormônio da "manutenção do tempo", é secretado naturalmente pelo corpo durante a noite. Ele é uma espécie de sinal biológico para a chegada da noite, permitindo que o organismo sincronize seu funcionamento com o passar do dia e da noite. Esse hormônio é produzido a partir do momento em que fechamos os olhos. Na presença de luz, entretanto, é enviada uma mensagem neuro-endócrina bloqueando a sua formação, portanto, a secreção dessa substância é quase exclusivamente determinada por estruturas fotossensíveis, principalmente a noite.
Outro ponto a ser considerado é que a produção da melatonina varia ao longo do nosso desenvolvimento, a maior concentração de melatonina ocorre durante a infância, caindo rapidamente antes do início da puberdade e sofrendo nova queda acentuada durante a vida adulta. Dessa forma, postula-se ainda que a melatonina teria papel importante durante o ciclo da vida, ou seja, no crescimento, no desenvolvimento e amadurecimento, bem como no processo de envelhecimento.

O declínio da produção de Melatonina pode ter várias causas, entre elas: desnutrição, interação de drogas e medicamentos, stress e como já citado o envelhecimento.
Efeitos benéficos da melatonina
Os cientistas já relataram vários efeitos benéficos da melatonina, incluindo seu papel como anti-aiging, por estimular a produção de GH (hormônio do crescimento), também pela sua ação antioxidante (proteção celular), antidepressivo e como coadjuvante em problemas relacionados ao sono. Também há estudos em andamento sobre a sua função no combate e prevenção da obesidade.
Outra função atribuída à melatonina, através da administração suplementar é na recuperação de neurónios afectados pela doença de Alzheimer e por episódios de isquemia (como os resultantes de acidentes vasculares cerebrais).
Como suprir a falta de Melatonina no organismo?
A melatonina existe em pequenas quantidades em frutos e vegetais como a cebola, a cereja e a banana, em cereais como o milho, a aveia e o arroz, em plantas aromáticas como a hortelã, a verbena, a salva e o tomilho, e no vinho tinto. No Brasil a suplementação de melatonina ainda é proibida.


...Então procure dormir em um ambiente tranquilo com pouco som e sem claridade, para assim, ocorrer a secretação da melatonina!!

Artigo Científico: Efeitos da melatonina no sistema genital feminino: breve revisão - Carla C. Maganhin; Adriana Aparecida Ferraz Carbonel; Juliana Halley Hatty; Luiz Fernando Portugal Fuchs; Itamar Souza de Oliveira-Júnior; Manuel de Jesus Simões; Ricardo S. Simões; Edmund C. Baracat; José Maria Soares-Jr

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Alimentação na Infância


Uma alimentação saudável garante um desenvolvimento físico e intelectual correto, prevenindo distúrbios nutricionais como a anemia, desnutrição e obesidade, além de osteoporose, hipertensão e diabetes tipo 2 na idade adulta.


Podemos classificar a nossa alimentação em três grupos principais:
  • Energético: são os alimentos que tem como principal função de fornecer energia, essencial para esta fase de crescimento, e importante para que possamos realizar todas as atividades do dia
  • Construtor: são alimentos que tem como principal função fornecer estrutura para nosso corpo. Eles são responsáveis pela formação das unhas, cabelos, músculos, pele, na cicatrização de machucados, além de outros nutrientes importantes como o ferro, importante para nos manter fortes e saudáveis.
  • Regulador: são os alimentos que fornecem as vitaminas e os minerais que nosso organismo precisa. Nos ajuda a evitar gripes, resfriados e infecções. Além disso, este grupo de alimentos possui também as fibras, necessárias para o bom funcionamento do intestino.

Siga esta dica:

Divida o prato em quatro partes:

-
A primeira deve ter carboidratos simples, que vão dar energia de maneira rápida. Arroz, batata, macarrão, aipim.
-
A segunda deve ter carboidratos complexos, que vão demorar mais para serem digeridos e vão dar saciedade: legumes e verduras.
-
A terceira deve ter proteína animal: dê preferência a carnes magras e sem muita gordura no preparo, como bife magro, peito de frango, filé de peixe.
-
A quarta deve ter proteína vegetal: grãos como feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha.
Lembre-se:


- Os alimentos devem ser oferecidos à criança para que ela aprenda a gostar. Se houver recusa no primeiro contato, deve-se insistir em outras vezes, pois novos alimentos têm  sabores diferentes e, às vezes, promovem "caras-feias", mas com o decorrer do tempo o sabor passa a ser apreciado pela criança.
- Apresente apenas um alimento novo a cada refeição, junto com os outros que seu filho já está habituado. Assim fica mais fácil experimentar. E faça esta apresentação no início da refeição, quando a fome é maior. Converse com ele sobre o alimento novo, explique de onde veio, conte uma história, enfim, desperte a sua curiosidade.
- Ofereça o leite para a criança duas horas antes ou após as principais refeições (almoço e jantar). O cálcio (presente no leite) diminui a absorção do ferro contido nos alimentos, podendo levar a criança a ter anemia.
- Você também pode aproveitar receitas que seu filho gosta para adicionar alimentos novos. Faça um alimento que ele goste e adicione cenoura ralada ou tomate picadinho, enfim torne a refeição mais nutritiva.
- Lembre-se de que, para melhorar a alimentação de seu filho, é preciso antes de mais nada melhorar os hábitos alimentares da sua casa. Avalie se os alimentos que fazem parte do cardápio familiar são realmente saudáveis.



Fonte: Nutrição da Gestação ao Envelhecimento - Márcia Regina Vitolo, 2008

segunda-feira, 6 de junho de 2011

INTOLERÂNCIA  A LACTOSE

É a incapacidade de aproveitarmos a lactose, ingrediente característico do leite ou derivados (laticínios).





 

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE?
Os sintomas mais comuns são a diarréia (ou à vezes constipação), distensão abdominal, gases, náuseas e sintomas de má digestão. A severidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida assim como da quantidade de lactose que seu organismo tolera.

COMO SABER SE VOCÊ TEM INTOLERÂNCIA À LACTOSE?
Em primeiro lugar é muito importante ressaltar que existem níveis variados de intolerância, pois a quantidade da enzima lactase produzida pelo corpo varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas possuem uma deficiência mínima na produção da enzima, ao passo que outras não a produzem. Isto irá afetar o seu nível de intolerância.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE EXAMES EXISTENTES?

1. Tolerância à lactose: a lactose depois de digerida produz duas moléculas: a glicose e a galactose. Para fazer este teste o paciente ingere em jejum um líquido com dose concentrada de lactose e durante duas horas obtém-se várias amostras de sangue para medir o nível de glicose, que reflete a digestão do açúcar do leite. Se a lactose não é quebrada, o nível de glicose no sangue não aumentará e, conseqüentemente, o diagnóstico de intolerância à lactose será confirmado. Este exame não é indicado para crianças pequenas.

2. Inalação de hidrogênio: este exame mede a quantidade de hidrogênio expirado, que em situações normais é bem pequena. O quadro é diferente quando as bactérias do intestino grosso fermentam a lactose (que não foi digerida) e produzem vários gases, incluindo o hidrogênio, que por sua vez é absorvido e chegando aos pulmões e é exalado. Para fazer o exame, o paciente ingere uma bebida com dose concentrada de lactose e o hidrogênio expirado é medido em intervalos regulares. Níveis elevados de hidrogênio indicam uma digestão inadequada da lactose. Este exame não é indicado para crianças pequenas.

3. Deposição de ácidos: trata-se de um exame indicado tanto para crianças pequenas como para crianças maiores. A lactose não digerida é fermentada pelas bactérias do intestino grosso e produzem ácido láctico e ácidos graxos de cadeias curtas e ambos podem ser detectados em uma amostra de deposição.

4. Exame Genético: este é um exame novo, que promete ser a melhor forma de diagnosticar a intolerância à lactose, pois é rápido e não produz sintomas desagradáveis como no caso do exame de ingestão de lactose. Neste exame o paciente retira uma pequena amostra de sangue e seu DNA é estudado para verificar se há mutação em relação à produção da enzima lactase.

COMO TRATAR A INTOLERÂNCIA À LACTOSE
Não existe cura para a intolerância à lactose, mas é possível tratar os sintomas limitando, ou em alguns casos, evitando produtos com leite e seus derivados. Muitas pessoas com IL conseguem ingerir leites deslactosados, produtos com baixo teor de lactose ou até mesmos fermentados sem sentir os sintomas da intolerância à lactose.
Uma outra opção bastante comum é o uso de cápsulas de lactase, um suplemento alimentar que auxilia na digestão da lactose.

REPOSIÇÃO DE CÁLCIO
Uma das maiores preocupações para pessoas com intolerância à lactose é adotar uma dieta que suplemente os nutrientes encontrados no leite, principalmente o cálcio. Cerca de 70% do cálcio da alimentação humana vêm do leite e seus derivados. Por esta razão, é importante, na medida do possível, manter uma dieta com ingestão de pelo menos alguns produtos lácteos e adaptar na dieta outras fontes deste mineral.

Referência:
International Foundation for Functional Gastrointestinal Disorders – www.iffgd.org